Doença de Legg-Calvé-Perthes Disease: correlação entre o tempo de evolução clínica e o respectivo aspecto radiográfico / Legg-Calve-Perthes disease: correlation between the time of clinical evolution and the corresponding radiographic aspect

Objetivo: Organizar um quadro radiográfico evolutivo natural da doença de Legg-Calvé-Perthes (DLCP), baseado no estudo de 185 quadris com comprometimento unilateral, virgens de tratamento na data da primeira consulta, com o propósito de correlacionar o respectivo tempo de evolução clínica com o aspecto radiográfico de cada uma das estruturas da articulação coxofemoral da criança, envolvidas no processo. Métodos: Os casos foram separados em três grupos etários: grupo I menor de seis anos, grupo II de seis a 7,9 anos, grupo III maior de oito anos, de acordo com a data dos primeiros sintomas. Em cada grupo etário as radiografias foram reunidas, separadamente, por intervalo de tempo de evolução clínica de quatro em quatro meses, formando uma seqüência cronológica evolutiva. Em cada caso foram estudados vários aspectos radiográficos evolutivos: osteoepífise (forma); condroepífise cupuliforme (ossificação encondral nas regiões suprafisial e metafisária); colo femoral (alargamento nas bordas medial e lateral) e acetábulo (concavidade). Resultados: EVOLUÇÃO RADIOGRÁFICA: 1) DA FORMA DA OSTEOEPÍFISE. De zero a quatro meses a osteoepífise apresentou-se toda condensada, com forma simétrica com o lado oposto, ou com leve redução da altura, sem ôfragmentaçãoõ. O início da fragmentação surgiu no quinto mês. Nenhum caso estava completamente reconstituído com 25 meses e mais de evolução clínica. 2) REGIÃO SUPRAFISÁRIA. A neoformação óssea encondral na região suprafisária era inexistente na maioria dos casos, com zero a quatro meses de evolução. Dos cinco aos oito meses, havia predomínio de casos com pequenas condensações ôflousõ em localização medial, lateral e late-ral/medial. Dos nove aos 12 meses, a confluência dos núcleos ôflousõ era bem definida em 60% dos casos

Tríplice artrodese do pé: análise de 86 operaçöes / Triple arthrodesis of the foot: analysis of 86 surgeries

Os autores analisam 86 trípces artrodeses do pé em 75 pacientes operados, por diversas etiologias, ho Hospital de Clínicas da UFPr. A indicaçäo do tratamento cirúrgico foi dor, instabilidade ou deformidade no pé. O tempo entre a operaçäo e a última consulta variou de seis meses a 21 anos e três meses, com média de um ano e 10 meses. O resultado foi considerado excelente em quatro pés (4,6%), bom em 48 (55,8%), regular em 18 (21,0%) e mau em 16 (18,6%). As principais complicaçöes foram perda da posiçäo em 14 pés, artrose tibiotársica em 13 e pseudoartrose em 5. Na análise estatística dos resultados, näo houve diferença significativa entre grupos divididos por sexo, lado operado, diagnóstico etiológico ou método de fixaçäo empregado

Osteotomia do colo no tratamento da epifisiolise femoral superior / Osteotomy of the femur neck in treatment of superior femoral epiphysiolysis

Foram avaliados 37 quadris de 36 pacientes portadores de epifidiolise femoral superior, com 1/3 ou mais de deslizamento da epífise em relaçäo ao diâmetro do colo, submetidos a osteotomia cervical justaespifisária, com ressecçäo óssea trapezoidal. A média de seguimento foi de 68,5 meses, com um mínimo de 24 e um máximo de 190 meses. Os quadris operados foram submetidos a avaliaçäo clínica e radiográfica. Os resultados foram classificados da seguinte maneira: 1) clinicamente: "excelente", 14 quadris (37,9 por cento); "bom", 10 quadris (27,0 por cento); "regular", 5 quadris (13,5 por cento); "mau", 8 quadris (21,6 por cento); 2) radiograficamente: "excelente", 13 quadris (35,2 por cento); "bom", 9 quadris (24,3 por cento); "regular", 7 quadris (18,9 por cento); "mau, 8 quadris (21,6 por cento). As complicaçöes foram devidas a condrólise em 6 quadris (16,2 por cento) e necrose asséptica em 5 quadris (13,5 por cento)

Doença de Legg-Calvé-Perrthes: resultados do tratamento por osteotomia varizante femoral superior / Perthes disease: results of surgical treatment by varus osteotomy in the upper femur

Quarenta e oito quadris de pacientes portadores da doença de Perthes foram submetidos a tratamento cirúrgico pela técnica da osteotomia varizante na regiäo trocantérica. Os resultados foram avaliados do ponto de vista clínico (segundo o índice de Gade) e radiográfico (segundo Lloyd-Roberts). Todos os quadris foram classificados segundo o estádio evolutivo da doença na data da cirurgia, para posterior comparaçäo dos resultados finais. A média de seguimento pós-operatório foi de 78,04 meses (6,5 anos), com variaçäo de 24 a 206 meses. Os resultados globais desta série foram semelhantes a média de vários outros autores (45,83% de resultados classificados na categoria de "bom"; 37,50% na de "regular"; 16,67% na de "mau"). No entanto, classificador os resultados clínico e radiológico, segundo o estádio evolutivo radiográfico da doença na data da cirurgia, observou-se que: a) Os maus resultados radiográficos aumentaram quando a cirurgia foi realizada após os 12 meses de evoluçäo da doença; b) Em cada estádio evolutivo da doença, houve relaçäo direta entre a idade do paciente na data da cirurgia e a qualidade do reultado radiográfico final; c) O resultado clínico näo guardou relaçäo cocm o radiográfico, foi sempre melhor

Luxaçäo congênita do quadril: tratamento cirúrgico com osteotomia do fêmur; grupo etário de dois a quatro anos / Congenital hip dislocation: surgical treatment with osteotomy of the femur; age group from 2 to 4 years

Os autores descrevem a técnica e relatam os resultados da reduçäo cirúrgica de 11 quadris com luxaçäo congênita, cuja reduçäo foi associada, no mesmo ato operatório, a osteotomia subtrocantérica do fêmur (para encurtamento, variaçäo e correçäo da anteversäo) e transposiçäo do tendäo do psoas-ilíaco para a frente do grande trocanter (para dar ao músculo açäo centradora). Os pacientes pertenciam ao grupo etário de dois a quatro anos e seguimento médio foi de dois anos e cinco meses. Obtiveram-se 18,2% de resultados radiográficos na categoria de "excelente", 63,6% na de "bom" e 18,2% na de "regular". Näo houve casos com osteocondrite, nem subluxaçäo ou luxaçäo pós-operatórias

Marcha em rotaçäo medial: relaçäo com hábitos posturais; estudo clínico de 417 crianças com 2 a 7 anos de idade / Gait in medial rotation: its relation with postural habits; a clinical study in 417 children between 2 and 7 years of age

Estudo prospectivo de 417 prontuários de crianças com idade entre 2 e 7 anos, os quais foi encontrada freqüência de 34,03% com marcha em rotaçäo medial. A análise estatística mostrou haver grande relaçäo de dependência entre a marcha em rotaçäo medial e os hábitos posturais de sentar-se no chäo em atitude de rä, o hábito de dormir em decúbito ventral e a rotaçäo lateral do quadril de amplitude menor ou igual a 5 graus (p<0,001). O hábito de sentar-se sobre os pés apontados para dentro näo mostrou qualquer relaçäo com a marcha em rotaçäo medial. Procedeu-se, também, à medida da amplitude dos movimentos de rotaçäo medial e lateral dos quadris, determinando-se a média e o desvio padräo, constatando-se diferença significativa entre as tomadas com o quadril fletido (sentado) e o estendido com o joelho em flexäo na extremidade distal da mesa. O estudo também fornece dados percentuais da freqüência das queixas que motivaram a consulta, dos hábitos posturais, do desvio rotacional da marcha e do desvio torsional da perna